Maria Regina C. Vicentin (*)
Participei de uma reportagem que a jornalista Rosângela Barboza fez para a revista católica Família Cristã. Ela versava sobre a amizade e tinha o mesmo título deste artigo. Creio que a intenção era prestigiar o Dia do Amigo (20 de julho).
Sei que a maioria de vocês não a conhece, mas ela é extremamente importante para mim. Mesmo estando separadas por quilômetros, estamos unidas em oração. Existe uma sintonia entre nós que ultrapassa os espaços físicos. Esse é um bom exemplo de amizade espiritual, que mencionei na citada reportagem da revista Família Cristã, quando explicava que há diversas formas de amizade. Certa vez, ela me ajudou em algo importantíssimo para mim. Para ela talvez nem fosse importante, mas ela sabia que era para mim. Eu não sabia como agradecer, mas queria fazer alguma coisa para mostrar como estava feliz. Resolvi encomendar umas flores pela internet, para que entregassem a ela. Dada a distância, paguei com depósito bancário. Minha amiga ficou comovida. Ela conseguiu perceber como eu estava feliz e grata. Ela também ficou feliz.
Hoje quero que ela saiba que eu a amo muito, e que é valiosa para todos nós. A distância me impede de segurar suas mãos e confortá-la com palavras de esperança, mas não me impede de dizer que estou aqui, em sintonia, na mesma freqüência. Nossa amizade é substancial. Se bobear a gente pega com a mão. O mundo se enriquece com o seu olhar prestativo e atento. Amizades assim nunca terminam. Elas sobrevivem ao tempo/espaço. Richard Bach é quem escreve bonito sobre isso. Muito mais bonito do que eu poderia escrever.
Querido leitor, se você tem um amigo, cuide bem para que essa amizade perdure através do tempo. Isso é possível quando existe afeição e respeito mútuos. Amigo é coisa pra se guardar…
(*) Maria Regina (e.mail: mrghtin@ig.com.br) é psicóloga e autora de livros.