Araraquara Viva (*)
A Organização Não Governamental (ONG) “Araraquara Viva” realizou uma pré-análise a respeito dos entulhos depositados às margens do Ribeirão das Cruzes pela construção do novo prédio da Universidade Paulista (Unip).
O pré-laudo foi produzido tendo como parâmetro problemas similares estudados na cidade de São Carlos por técnicos especializados em hidráulica e saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP).
O presidente da “Araraquara Viva”, Rodrigo Alberto Toledo, esteve no local, fotografou o despejo de entulhos em Área de Preservação Permanente (APP), que deve, por lei, ser preservada.
Segundo a pré-análise, de uma forma geral, a disposição de entulho acarreta modificações na drenagem natural e estabilidade do solo. O resíduo é inerte, mas o alto índice de infiltração pode vir a causar problemas de erosão e, conseqüentemente, assoreamento de corpos d’água.
O laudo diz ainda que no caso específico analisado pela “Araraquara Viva” haveria uma necessidade de avaliação do grau do problema através de sondagens. Se houver apenas uma camada superficial de entulho, haveria a possibilidade de sua remoção e da recomposição deste solo; no caso de a camada de entulho ser mais profunda, seria necessária a impermeabilização da área atingida através de um solo argiloso e a readequação da drenagem das águas de escoamento superficial, com dispositivos dissipadores de energia no caminho das águas em direção ao córrego.
O fato de ter ocorrido recente remodelação do terreno pode ser um agravante, de acordo com a análise. Além disso, o terreno tem uma inclinação acentuada e a inexistência de cobertura vegetal aumenta o escoamento superficial.
A “Araraquara Viva” está realmente atenta às agressões ao meio ambiente que acontecem em nossa cidade e nota que o progresso de Araraquara está se dando através da destruição de rios, solos e matas.
(*)e-mail: imprensa@araraquaraviva.org.br
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