Agosto Dourado: aleitamento materno tem aumento no Brasil e dados apontam benefícios para o bebê

Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) revela crescimento nos índices de amamentação. Benefícios vão desde imunidade a maior QI.

A campanha Agosto Dourado foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para intensificar a conscientização dos benefícios do aleitamento materno para a mãe e o bebê. O aleitamento materno exclusivo é recomendado pela OMS até os seis meses de vida e, após, em complemento a alimentação até 2 anos de vida ou mais.

Segundo a pediatra do Grupo São Lucas, Dra. Marina Papa Penteado (CRM: 174458), o leite materno contém todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, além de ser rico em anticorpos e outros fatores imunológicos. Entre os benefícios, está o menor risco de infecções, doenças alérgicas e obesidade. Para a mãe, a amamentação também está associada a uma melhor recuperação pós-parto, ajudando o útero a voltar ao seu tamanho normal rapidamente e reduzindo o risco de hemorragias, além na redução no risco de desenvolver algumas doenças como câncer de mama e ovário e diabetes tipo 2.

“Estudos sugerem também que a amamentação está associada a um melhor desenvolvimento cognitivo e maior QI (Quociente de Inteligência). Além disso, a amamentação promove o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, é um momento maravilhoso de conexão entre os dois, que beneficia o desenvolvimento emocional do bebê e libera hormônios maternos como a ocitocina, que promove relaxamento e ajuda a reduzir o estresse na mãe”, explica.

Já a importância na continuidade do aleitamento materno mesmo após os seis meses de vida deve-se a mudança na composição do leite ao longo do tempo, adaptando-se às necessidades nutricionais da criança conforme seu crescimento. O aleitamento continua sendo importante de energia e nutrientes, além de oferecer anticorpos que ajudam a proteger a criança contra infecções, reduzindo o risco de diarreia e infecções respiratórias. A médica reforça que estudos mostram que crianças que foram amamentadas por mais tempo tendem a ter melhor desempenho em testes de inteligência e maior frequência escolar, além de um menor risco de obesidade na fase adulta.

Amamentação e seus obstáculos

Apesar dos benefícios evidentes, muitas mães enfrentam dificuldades no momento de amamentar. Posicionar o bebê e ajudá-lo a fazer a pega correta é essencial, enquanto a técnica de amamentação não estiver adequada a mãe pode sentir dor e até ter lesões nos mamilos.

Outra situação que pode ser um momento de muita insegurança para as mães é o fato de a descida do leite ocorrer em torno do terceiro dia pós-parto, e, com isso, a mãe não sente as mamas cheias. Durante esse período temos a presença do colostro, suficiente para nutrir o bebê.

“A maior dificuldade para o sucesso da amamentação é a falta de apoio. A mãe precisa ser encorajada e apoiada por sua família e pelos profissionais de saúde, além de receber orientações adequadas para que se sinta segura e confiante. O meu conselho é que já durante a gestação as mães procurem informações de qualidade sobre o tema, aprendam sobre a técnica correta, o ritmo em que os bebês podem mamar, as dificuldades mais comuns, conheçam a experiência de outras mães. O ideal é que esse movimento aconteça também por parte dos outros cuidadores da criança, para que esses possam apoiar a mãe que amamenta. A amamentação é possível em quase todos os casos, com paciência, apoio e o suporte profissional adequado”, conclui a pediatra.

Sobre o Grupo São Lucas – O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.

Fotos: Divulgação – Pediatra explica como amamentação pode contribuir na recuperação do pós-parto

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