AFE: é pegar ou largar!

A região de Araraquara ficou feliz com a solução encontrada pelo prefeito Edinho Silva, no sentido de salvar a gloriosa Ferroviária. O petista de carteirinha soube aproveitar o brilho da estrela que, no atual mandato, ilumina o Planalto e une os que detêm o poder. Usa seu prestígio com ministros e presidente Lula (com quem esteve por 4 vezes, sendo duas em audiência especial) para desbastar arestas, de indiscutível interesse da cidade-metrópole.

Batendo à porta dos que tinham poder de mando, Edinho soube como defender a tese de troca do débito da Rede Ferroviária Federal com a área total do Estádio da Ferroviária (Dação em pagamento, como bem colocou o jurista e nosso Mestre Wagner Corrêa). E a urgência solicitada tinha motivo: dia 23 de setembro será efetivado mais um leilão dos bens de diretores grenás que, pessoalmente, assumiram a dívida da associação.

Nem vamos comentar esse acendrado amor afeano, muito menos falar de um compromisso de compra e venda, cabalmente cumprido, que permitiria exigir a escritura pública da área, com exceção da usada pelos vestiários e campos de treinamento, uma espécie de apêndice. Pouco importa esse detalhe porque a escritura será ampla e irrestrita, refletindo-se no débito daquela ferrovia que, a bem da verdade, poderia ser pago Dia de São Nunca, rolando-se pelos séculos, amém.

Essa parte principal do patrimônio afeano, a que nos referimos, foi passada à agremiação quando Welington Pinto era o presidente e Rubens Cruz, o prefeito. E Paulo Salim Maluf, exigindo apenas “o camisa do Ferroviária” acertou uma quantia simbólica e assim foi feito. Mas, neste momento, isso pode ser entendido como irrelevante porque a escritura da área total será passada diretamente à municipalidade que, ato contínuo, licitará cerca de 25 mil m2 que permitirão dinheiro suficiente para pagar as dívidas da AFE. Ainda mais que com dinheiro na mão será fácil negociar a dívida. Afinal, quem trocará as notas, uma em cima da outra, por precatórios que ninguém sabe quando se transformará em dinheiro e, sendo do Poder Público, como executar a dívida?

Vale dizer que o negócio é excelente, mas, precisará do apoio dos vereadores. Com certeza não será negado porque é o interesse do povo e, ponto final. Mas, existe outra força capaz até de melar a transação, o que ninguém em sã consciência poderia acreditar: os conselheiros da Ferroviária. Espera-se a aprovação por unanimidade.

No caso, espera-se a coordenação do companheiro Milton Cardoso, filho de ferroviário e que tem o sangue circulando com a força das rodas assentadas nas saudosas paralelas de aço. Deve trabalhar para reunir seus amigos leais para que nenhum obstáculo fique à frente de nossa querida locomotiva.

Todos devem dizer sim, sim de peito aberto, para que a história da cidade e da Ferroviária não tenha que se referir, com pesar, sobre eventuais ações pequenas.

O momento é de união de forças e… ponto final. Vamos, todos, gritar: gooooool da Ferroviária, ao som do José Roberto Fernandes e detalhes que só o Wagner Bellini sabe informar. E se é gol, vamos comemorar. Viva à Ferroviária, obrigado Edinho Silva. Em frente Bruninho e Malara. A Ferroviária é muito mais que supostas rusgas, próprias dos que amam essa agremiação forjada pelos ferroviários que desbravaram os sertões da araraquarense, com a força baldeada pela Cia. Paulista.

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