AEAARP abre nesta terça a exposição ‘Arquitetura Italiana no Estado de São Paulo’

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Sobrado em esquina das ruas Amador Bueno com Florêncio de Abreu, em Ribeirão Preto.

Arquitetos e urbanistas reconhecidos, Miguel Antonio Buzzar, Ana Gleria e Ana Cirigliano fazem palestra sobre o tema da mostra no evento de abertura

A partir deste dia 13 (terça), fotografias, reproduções de projetos arquitetônicos e outros documentos de construções dos séculos 19 e 20 comprovam, em imagens, como o trabalho de artífices, práticos licenciados, engenheiros e arquitetos italianos e descendentes mudaram paisagens urbanas nas cidades paulistas, na exposição ‘Plataforma on-line: Arquitetura italiana no Estado de São Paulo’. Resultante de projeto homônimo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), a mostra será aberta na sede da Associação de Arquitetura, Engenharia e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), com palestras dos arquitetos e urbanistas Miguel Antonio Buzzar, Ana Gleria e Ana Cirigliano, a partir das 19h.

O projeto foi criado com o objetivo de reunir, sistematizar e propiciar o livre acesso a uma produção arquitetônica eclética, pouco reconhecida e ainda desqualificada pela historiografia da Arquitetura e do Urbanismo brasileiros: a dos italianos das primeira e segunda gerações de imigrantes a desembarcarem no Brasil entre 1819 e 1940.

No período em questão, mais de 1,5 milhão italianos desembarcaram no país. A maioria veio para trabalhar em fazendas de café, o que disseminou a noção enganosa de que eram mão de obra desqualificada – ou qualificada só para o trabalho no campo. Por isso, a ascensão social que muitos alcançaram foi interpretada, muitas vezes, como a de indivíduos desprovidos de cultura. Mas, mesmo que alguns imigrantes tenham melhorado sua condição econômica e social por meio do trabalho no campo, inúmeros outros o fizeram a partir de ofícios urbanos e saberes acadêmicos, como engenharia, arquitetura, entre outros.

A arquitetura desses profissionais conferiu novos significados às cidades por meio de edifícios públicos, hospitais, igrejas, palacetes, fábricas e residências, transformando a produção arquitetônica no Estado de São Paulo. Seus projetos incorporaram tecnologias, materiais, sistemas construtivos e estilos em voga no final do século 19 e início do 20, com destaque para o ecletismo, que caracteriza a maior parte das obras apresentadas na exposição.

Processo colaborativo

Hospedada no endereço https://arquitalianasaopaulo.iau.usp.br, a plataforma “Arquitetura Italiana no Estado de São Paulo” foi concebida, desde o início, com a proposta de ser alimentada e atualizada de forma colaborativa. Até hoje, quem tem interesse em contribuir com a inserção de novas obras e profissionais, ou mesmo fazer parte do projeto, pode entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Atualmente, a plataforma reúne informações relativas a projetos, obras e profissionais das cidades de Araraquara, Batatais, Campinas, Limeira, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Claro, São Carlos, São José do Rio Pardo, São Paulo e Santos. A exposição, que fica na AEAARP até o dia 23 de setembro e depois segue para outras cidades do estado, visa aproximar o público desse legado.

A sede da AEAARP tem entrada pela rua Clemente Ferreira, altura do número 311, no bairro Jardim São Luiz, em Ribeirão Preto. Mais informações e canais de contato no site www.aeaarp.org.br.

(Silvia Pereira Pelegrina – TEXTO & CIA Comunicação –  www.textocomunicacao.com.br
www.facebook.com/TextoComunicacao)

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