A voz da experiência

Torcemos para que alguns considerados donos de partidos, dirigentes que pensam estar acima dos candidatos, líderes burocráticos que vivem querendo aparecer mais que os vitoriosos pelas urnas e, que, invarialmente não têm “cheiro de povo”, tenham lido a reportagem da FSP (17 de novembro, A7) quando o presidente do STF – Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, aborda o modelo eleitoral tachando-o de “esgotado”.

Afirma o presidente do STF, que já passou pelo Legislativo há algumas décadas, que “os partidos dependem dos candidatos e não os candidatos dependem dos partidos. Falar em fidelidade partidária é um equívoco, pois, o modelo é baseado na dependência do voto regional”.

A reforma política, em tramitação na Câmara dos Deputados, apresenta-se caolha especialmente quando indica o dinheiro público para financiar campanha eleitoral e determina, como fruto de pesadelo, a votação em lista fechada. Vale dizer, o eleitor não vai votar em candidato isolado e específico, naquele que conhece e admira, mas, num bloco apresentado pelo partido. Trata-se de uma aberração, um jeito rápido de acabar com a democracia representativa, sempre desgastada por ações impensadas e fraudulentas de uns poucos vereadores, deputados ou senadores, que respingam em todo o poder.

Pena que cabe aos deputados e senadores, eventualmente legisladores de causa própria, a transformação do modelo, a reforma política brasileira. Não dá para esperar avanços, mas, que não haja retrocesso a ponto de matar a vontade de votar. Ou, num rasgo de coerência: modifiquem o que quiserem, mas, acabem com o voto obrigatório.

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