De que adiantam os péssimos exemplos de policiais que, travestidos de bandido sanguinário, têm merecido a reprimenda da Militar e Civil e, mais que isso, a repugnância da sociedade, eis que foram contratados para defender a vida e não colaborar para exterminá-la.
Alguns episódios desgastaram a imagem da instituição e, com isso, geraram maior insegurança na comunidade. Isso convém aos que posicionam-se à margem das normas legais, com o sabor da impunidade.
Numa das rodinhas pela cidade, a receita radical: apoio às crianças e extermínio dos que perderam o norte da fraternidade e banalizaram a vida. Mas, seria o remédio ideal?, pergunta um deles.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 1328 policiais militares foram afastados ou demitidos da corporação de 1999 a 2001. No mesmo (relativamente pequeno) período foram registradas 513 demissões na Polícia Civil. São números assustadores, mas, a grande maioria é honesta, leal e confiável. Essa imagem, no entanto, tem que ser reconstruída não somente com publicidade, mas, especialmente, com bons exemplos.
Outro detalhe, que adianta o governador Geraldo Alckmin dizer que prendeu 300 se a insegurança oxigena todo o corpo social deste sofrido Estado de São Paulo?
Só tem um caminho, senhores governantes que, efemeramente, administram o dinheiro dos contribuintes. Os pagadores estressados, cansados de tantos impostos e de pouca e medíocre contraprestação de serviço, esperam maior responsabilidade diante dessa execrável situação: valorizar os bons policiais (civil e militar), aumentando-lhes os salários para exigir maior qualidade. Admitir pessoas de ótimos predicados, preparadas para o mistér. Com a certeza de não precisar mendigar, morar em favelas, despistar credores e andar de cabeça baixa, pois, serão respeitados e farão parte de uma força da sociedade contra a turma do mal. O resto, impoluto governador, é balela e conversa que o povo não aguenta mais. Entre o cansativo discurso, exige-se ação. Todos, senhores, estamos com a paciência esgotada de conviver com omissões, paliativos e incompetência para gerenciar a briga do bem contra o mal.