Os candidatos denunciam supostos erros e procuram ficar ao lado de eleitores até a vitória. Depois, fazem e desfazem como se fossem os donos do mundo. Coitados… escrevem o fim de sua história política porque o povo não erra duas vezes.
Os eleitores, todos com os seus problemas pessoais e familiares, nem sempre podem se dedicar ao acompanhamento do mandato oferecido aos candidatos de sua preferência. Os ganhadores, abençoados pelas urnas, por um momento infeliz quando a vaidade sobe à cabeça, se acham o dono do mundo e se esquecem que o mandato tem tempo determinado (apenas 4 anos que passam rapidamente) e não devem administrar pensando só no bem-estar de sua família. O governante moderno e oxigenado pelo conceito da boa cidadania, tem que olhar para a macro-família, isto é, à cidade composta por milhares de almas que desejam o progresso e, mais que isso, respeito ao seu direito.
Isso posto, os administradores não podem pensar em aumentar a sua renda familiar abrindo os cofres municipais. A mulher eleita e que jurou realizar um bom serviço, com ações impessoais e de elevada moral, dá serviço ao marido e apadrinhados, com um salário para ninguém botar defeito. Ou o homem eleito acaba empregando a esposa, filhos e amigos de seu círculo mais íntimo. Isso é imoral, uma vergonha, um desrespeito aos cidadãos que lhe confiaram o voto de confiança!
Cofre público
O povo paga impostos e taxas, diretos e indiretos. Ao comprar uma mercadoria, por exemplo, paga ICMS. Desse bolo, uma fatia é oferecida aos municípios para serviços à comunidade. Um fundo de participação que dá vitalidade à conta-corrente da prefeitura.
O cofre guarda dinheiro do povo, que recebe serviços por conta disso. E como saber que o dinheiro é bem usado? Para isso existem os vereadores que, além de realizar outras tarefas, fiscalizam o Executivo e não permitem o nepotismo (emprego de parentes) e nem quaisquer outras atitudes imorais. Cabe ao vereador defender o interesse do povo fazendo a denúncia ao Ministério Público ou propondo uma Comissão Especial de Investigação.
O papel do vereador é de fundamental importância. Não pode se omitir, sob pena de ser conivente com eventuais aberrações administrativas.