Porque as autoridades, na maioria das vezes, se omitem. Aqueles que deveriam fazer, se escondem em seus gabinetes climatizados e o povo sofre as conseqüências. A história se repete pela falta de responsabilidade dos que deveriam fazer. Uma página da Folha-Ribeirão, dezembro de 2005, está sobre a mesa. Manchete: Dez unidades de saúde têm focos de dengue. Um box diz que “Isso mostra que o problema é grave mesmo”. A região, de novo, terá que enfrentar a dengue porque simplesmente não existe prevenção ou se existe é a chamada “meia-boca”. As autoridades são diplomadas na medicina curativa, adoram cuidar dos efeitos e dão um pouquinho de bola ao trabalho preventivo visando assegurar a saúde da população. Isso é profundamente lamentável. É triste…
Temos mato, muito mato até no asfalto lotado de buracos, lixo, entulho, chuva e temperatura elevada que significam um recadinho carinhoso, bastante fraternal ao aedes-aegypti: seja bem-vindo de novo. Só que para quem foi inoculado com o vírus da dengue pode têla em forma hemorrágica devido aos anticorpos fabricados pelo seu organismo. O perigo existe e não deveria ser ignorado por aqueles que foram escolhidos pelo povo, num pleito democrático. Para chorar, enquanto as autoridades dormem plácidamente: a infestação deste dezembro de 2006 é de 2,9%, bem acima do número aceito pela Organização Mundial de Saúde. Vale dizer, apenas um doente e os mosquitos vão levar a doença para muita gente.
A gravidade, num futuro não muito distante, será correspondente à omissão e falta de responsabilidade das autoridades. Tomara que essa situação administrativa não apresente óbito na estatística de mais uma estação perigosa.
No ano que vem, até que haja gente capaz de defender a saúde pública, os mesmos fatos serão notícia, a história pode se repetir quando os nobres vereadores demonstram enorme falta de coragem para obrigar o Executivo a se mexer.
Isso é incrível!