Marilene Volpatti
Acreditar em nosso poder é a receita que, mesmo os médicos tradicionais, prescrevem hoje em dia.
Dos mais velhos, aos mais novos, médicos de todo o mundo engrossam fileiras daqueles que acreditam que mente e corpo podem e devem trabalhar juntos, no sentido de auxiliar a cura de doenças.
Hoje, a integração é palavra chave em medicina. Não existe mais a divisão do corpo e da mente. Ambos estão em diálogo o tempo todo. Não se admite tratar uma doença acreditando que a mente esteja localizada em algum tipo de cadeia fora do corpo, onde não exista acesso.
Quanto mais forte o pensamento positivo, melhor. Embora alguns aspectos permaneçam obscuros, sabe-se com segurança que a mente é a principal fonte que libera hormônios e outras substâncias – boas ou más – para a corrente sanguínea. Ora para aliviar, ora provocando mal-estar, de acordo com os pensamentos e estados emocionais pelos quais se passa ao longo da vida.
Estudiosos confirmam a influência dos pensamentos no sistema imunológico dos indivíduos. Em pesquisa efetuada com pessoas que foram colocadas para assistir a um filme de guerra constatou-se, durante a sessão, que a quantidade de anticorpos liberada na corrente sanguínea baixava consideravelmente, provocando uma queda acentuada da resistência à doenças.
Assim como os pensamentos negativos desequilibram o organismo, os positivos também liberam substâncias capazes de aumentar a capacidade imunológica.
Pronta para atacar
Pergunta-se: qual o segredo capaz de colocar a mente em posição para enfrentar o inimigo (doença)? A vontade de viver, de se recuperar é o primeiro passo capaz de provocar o poder curativo da mente. Essa vontade desencadeia reações concretas no sistema nervoso central. Junto aos métodos comuns de tratamento, traz benefícios múltiplos principalmente se o paciente fizer uso da meditação e outras técnicas de mentalização, ou terapia corporal.
No livro Com a vida de Novo do médico norte-americano Carl Simonton, relata que desenvolveu uma terapia complementar para seus pacientes, vítimas de câncer, três vezes ao dia. Pela manhã, à tarde e antes de dormir. A idéia é: depois da técnica de relaxamento colocada em pratica, o doente visualiza cenas de destruição das células doentes e de fortalecimento das células sadias. Alguns imaginam martelos ou picaretas destruindo as células comprometidas, outros partem para a bomba ou torpedo. A cada sessão, adquirem mais confiança no tratamento e aumentam sua predisposição para a cura. É um processo que auxilia a identificar os pontos de estresse e a reduzir a depressão, fatores que contribuem desastrosamente para a inibição da produção de glóbulos brancos que são os responsáveis para combater os invasores indesejados.
Diva, 32, executiva, recuperou-se de um câncer de mama. A vitória, acredita ela, se deveu a cirurgia a que se submeteu juntamente com o trabalho de terapia.
Quando descobriu a doença, estava com o casamento em péssimas condições. Para ela, todas as frustrações foram concentradas no peito, bem pertinho do coração, até que certo dia a energia que estava bloqueada se manifestou em forma de tumor. Feita a descoberta, não só tirou o tumor como também deu novo rumo a sua vida colocando um fim no falido casamento. Para viver melhor iniciou um processo de mentalização que lhe trouxe paz interior. Imaginava um monte de andorinhas comendo quirera. As aves representavam seu sistema imunológico, e a quirera, as células cancerosas. Elas comiam até a exaustão. E, depois, passava a visualizar uma luz penetrando em seu corpo, atravessando e retirando tudo que restava de ruim.
Culpa, não!
Jamais alguém deve assumir a culpa por ter ficado doente. Nenhuma doença é causada por um fator único. Junto a mente, estão os fatores genéticos, do meio-ambiente e outros. A mente precisa ser usada como uma aliada, não como um todo. Por isso o perigo de usar só de terapias como único recurso contra a doença. O tratamento médico é insubstituível para a maioria das pessoas.
Se alguém, hoje, quer se ver livre de doenças tem que caminhar com mais freqüência pelas estradas da alma, evidentemente sem descuidar do físico.
Sete ítens para ajudar na liberação da energia negativa
1º – Faça um diário. Ele ajuda a manter as emoções em dia. No escrever liberam-se o estresse e a ansiedade. Anote também os sonhos. Eles são muito importantes em nossa vida. A ligação do subconsciente traz soluções para alguns problemas que, às vezes, achamos impossível resolver.
2º – Quatro vezes por semana, reserve 30 minutos por dia para fazer exercícios. Vão fortalecer o sistema imunológico, reduzir o estresse e aumentar a liberação de anticorpos.
3º – Se gostar, pratique ioga. Aumenta a resistência ao estresse, baixa a pressão sanguínea, reduz o colesterol e dá alívio às doenças como diabetes, artrite e asma.
4º – Treine respiração. Com a mudança consciente do ritmo e da profundidade, consegue-se regular os batimentos cardíacos, a circulação e a digestão. Precisa sentir a respiração descendo até a barriga.
Essa é a chave do sucesso da respiração sadia.
5º – Experimente fazer mentalização. Dez a vinte minutos por dia, dedique a alguma coisa que gostou de ver. Uma paisagem, por exemplo, que ficou gravada em sua mente. Os resultados serão imediatos. A freqüência cardíaca diminui, a pressão sanguínea abaixa e os nervos relaxam. Para meditar, sente-se confortavelmente em silêncio total, mentalize a paisagem ou preste atenção em sua respiração.
6º – Participe de um grupo de apoio. Conversar com pessoas que são cúmplices ajuda a aliviar os sintomas ruins de situações indesejáveis. Terapia em grupo é um exemplo nota dez.
7º – O barulho das ondas do mar, o cantar dos pássaros logo pela manhã, quando a cidade ainda não acordou, são tranqüilizantes naturais. Aproxime-se da NATUREZA e desfrute o mais que puder dela, você é parte integrante dessa dádiva divina.
Serviço
Consultoria: Drª Tereza P. Mendes – Psicoterapeuta Corporal – Fone:- 236-9225.