A diretoria da Ferroviária S/A homenageou, nesta semana, o prefeito Edinho Silva com uma placa de prata na chácara de Marcelo Liba, o diretor financeiro do clube. O empenho do prefeito foi fundamental para o processo de recuperação da Ferroviária. No último domingo o clube conseguiu acesso à Divisão A-2 do Campeonato Paulista, após empate sem gols com o Olímpia, na Fonte Luminosa. “A Prefeitura foi o pilar, a responsável pela Ferroviária estar viva. O prefeito Edinho é uma pessoa que ama a Ferroviária. Dificilmente outra pessoa na função dele faria o que ele fez pela agremiação”, disse Marcelo Liba.
O diretor ressaltou o trabalho do prefeito em duas frentes. A primeira com o objetivo de municipalizar o estádio e salvar o patrimônio do clube, ameaçado de ir a leilão por conta de dívidas trabalhistas e com fornecedores. Em outra, o prefeito atuou visando atrair patrocínio de empresas para o time de futebol e também para participação como cotistas do clube-empresa. “Tudo isso foi agregando valores e propiciando coisas positivas que resultaram na conquista da Copa Federação Paulista e, agora, no acesso para A-2”, afirmou o diretor.
Grande entusiasmo
O presidente da Ferroviária S/A, Welson Alves Ferreira Jr. (Juninho), lembrou das primeiras reuniões articuladas pelo prefeito Edinho Silva para apresentar a proposta de criação do clube empresa. “Em 2003 a gente se entristecia diante da situação difícil da Ferroviária, mas, nos entusiasmamos quando a Unimed aceitou fazer parte do projeto. Por isso, é com muita alegria que estamos aqui, hoje, completando a primeira parte do projeto”, falo o jovem presidente.
Juninho observou que no início o clube passou por momentos difíceis, mas ressaltou a dedicação de diretores, empresas, jogadores para alcançar o objetivo que era o acesso à série A-2. “Assim, a homenagem de hoje para o Edinho é justa e necessária. Ele foi a pessoa que passou horas difíceis. A gente achava que não ia mais tocar a bola para a frente, mas ele estava sempre lá, dando apoio. Vai que dá, dizia. E felizmente deu”.
Encubadeira
O presidente destacou também o trabalho para fortalecer as categorias de base da Ferroviária, que também começam a dar os primeiros resultados. No ano passado a equipe juniores foi a terceira colocada no campeonato paulista.
Emoção e
alegria
Ao agradecer a homenagem o prefeito Edinho Silva ressaltou sua relação emotiva com a Ferroviária, clube em que atuou como jogador na adolescência. “A Ferroviária faz parte da história da minha vida e vai continuar fazendo. Resgatar a Ferroviária para o cenário do futebol brasileiro era um dos meus objetivos ao assumir a Prefeitura, em janeiro de 2001. A hora que a Ferroviária subiu eu não tive nenhuma dúvida de que cumprimos uma etapa dificílima do projeto. Mais difícil porque pegamos um time na série B, com quase R$ 4 milhões de dívida, com 18 pedidos de penhora e com a pensão dos jogadores leiloada. Olhar uma situação dessa e olhar a Ferroviária hoje, além de ideologia, exigiu muito trabalho e esforço”, afirmou.
Confiabilidade
Segundo o prefeito, o mais difícil no início foi conquistar a confiança dos empresários para investir no clube. Principalmente porque o único retorno era para a imagem da empresa. Após o acesso, Edinho acredita que a responsabilidade aumentou e a Ferroviária precisa de um novo planejamento para subir mais degraus. “O desafio colocado exige de nós outro planejamento, uma outra elaboração de custos e junção de esforços. O desafio é muito grande. Temos que entender o que está à frente. Penso que a Copinha tem que fazer parte do planejamento. Se acertarmos no planejamento, vamos colocar a Ferroviária na A1”, diz.
Holofote
O prefeito também observou que a Ferroviária é um grande instrumento de divulgação da cidade e a diretoria precisa se manter alerta para nunca se esquecer da lição que foi a queda do clube para a B-2. “Recuperar a Ferroviária é um projeto que mobiliza corações e mentes. Está colocado um desafio para nós e por ter tanta emoção em jogo a responsabilidade também é muito maior”, salientou Edinho.