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A Cultura em Diálogo

Profª Terezinha Bellote Chaman

Bom dia, boa semana, boas compras, bom final de ano.

Um pouco da Cultura de nossa Língua.

De repente, você pode escorregar em um "isto é pra mim fazer", "a gente vamos" ou então, no freqüentemente usado "a nível de".

Isso dói aos ouvidos, machuca a nossa Língua, nossa Cultura. Prefira dizer corretamente. "Isto é para eu fazer" – "a gente vai – nós vamos" – "em nível de".

Nas três últimas edições deste ano, vou deixar um pouco de lado as questões técnicas de nossa língua, e, se me permitirem, gostaria de citar algumas mensagens, para que nos próximos anos tenhamos mais paz e sejamos mais felizes.

Você conhece a parábola: A ESTRÉIA DE UM PALHAÇO DE CIRCO ?

Então vamos a ela.

Uma história verdadeira, portadora de simbolismo profundo, inesquecível.

Precedido de grande publicidade, um circo chegou à cidade. Uma cidade do interior. A garotada delirou. A população local alvoroçou-se. E o circo faturava, com as arquibancadas sempre lotadas.

Em busca de emprego, um jovem daquela cidade apresentou-se ao diretor do circo. Submeteu-se a diversos testes e foi contratado. Seu ofício, no elenco: palhaço.

E veio o dia da estréia. Enquanto seus colegas de trabalho retocavam a maquiagem e ultimavam os preparativos finais, o palhaço estreante já estava em forma, pronto para seu primeiro número. Nervoso, mas feliz. Seria seu primeiro contato com a platéia. A realização de um longo sonho. Sabia de cor as piadas, treinara bem as piruetas e brincadeiras. Tinha certeza de que divertiria a multidão.

Minutos antes de o espetáculo iniciar, o começo de uma grande tragédia: violento incêndio irrompeu nos camarins do circo. O pânico apossou-se de todo o elenco. Desesperado, o diretor gritou ao jovem palhaço:

– Você é o único que está pronto. Enfrente o público e diga a todos que evacuem imediatamente o circo, para evitarmos tragédia maior. Depressa, depressa. Não perca tempo.

Tremendo, agitado, nervoso e suando frio, o palhaço cumpriu a ordem recebida. Correu em direção ao público. E o público delirou, aplaudindo-o de pé. Era um filho da terra, orgulho da localidade, fazendo a sua estréia naquela noite.

O jovem tremia, suava. E a multidão não parava de rir. Palhaço afobado chega a ser divertido!

– Gente, o circo está pegando fogo! Fujam para casa, imediatamente, antes que seja tarde demais!

A multidão ria e gargalhava. Jamais havia visto um palhaço falando em tragédias!

– Por amor de DEUS, pessoal! Estou falando sério, não é piada não! O circo está em chamas. O circo está ardendo. Saiam daqui, quanto antes. Corram para casa. É uma questão de vida ou de morte!

A platéia ria cada vez mais, sem acreditar na tragédia que se alastrava… todos gargalhavam, sem levar a sério os recados do palhaço.

É uma parábola… Penso no mundo, olho à minha volta, espraio os olhos pela terra e vejo a humanidade simbolicamente espelhada nesta pequena-grande história.

– Não estará o mundo pegando fogo, em muitas áreas, consumindo valores supremos, relegando ao esquecimento e ao descaso dimensões sagradas e importantes ?

– Cristo, na Palestina, falou ao PAI, deixou recados de salvação, apontou rumos de eternidade aos homens do seu tempo. Terminou na cruz. No fundo, os fariseus diziam, embora com outras palavras: "Ele não passa de impostor, de mentiroso, de palhaço… intitulando-se Filho de DEUS!"

– Antes de Cristo, João Batista falara também, antecipando o que o Mestre lembraria depois. A cabeça de João Batista terminou numa bandeja, enquanto a platéia festiva de Herodes gargalhava com o espetáculo.

– Através de 20 séculos, milhares e milhões de seres humanos buscam viver e difundir as mensagens do Evangelho. Mensagens de vida, de fé, de esperança, de salvação. Nas arquibancadas da história, muitos escutam, aceitam, procurando assimilar os recados. Outros fecham os ouvidos, não acreditam, riem, gargalham, mofam, desprezam, ironizam, motejam, voltam as costas. A casa está pegando fogo. A morte ronda. Mas seus caminhos são outros. Seus tesouros são outros. E os recados de salvação caem no vazio, não encontram ressonância.

Às vezes, SER CRISTÃO, é passar por palhaço!

Ser mensageiro do espiritual tem os seus

riscos, no "circo do mundo"…

Muitos apóstolos e missionários não são

levados a sério, dentro do seu lar, dentro da

sociedade, dentro do seu meio ambiente.

É o preço que os discípulos devem pagar, não

raro. Os discípulos e seguidores do Mestre.

SENHOR, DÁ-NOS FORÇA, CORAGEM E INTREPIDEZ, SEMPRE. MESMO QUANDO OUTROS GARGALHAM, CHAMANDO-NOS DE PALHAÇOS…

É O CÁLICE QUE RESERVAS AOS CONTINUADORES DE TUA OBRA, NO TEMPO DE HOJE E NO PRÓXIMO ANO.

(Trecho do livro SER CRISTÃO HOJE de Roque Schneider)

Espero que tenham gostado.

Com certeza, estes ensinamentos são melhores que qualquer reciclagem em Língua Portuguesa. A base da vida, a base de tudo.

Na próxima semana tenho uma nova história para lhes contar, não percam.

Até lá – celp@terra.com.br

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