Profª Teresinha Bellote Chaman
Bom dia. Com todas as histórias que se ouviram nesse primeiro turno das eleições, os professores, que deveriam ser considerados a estrutura fundamental de nosso pais, foram tratados de uma forma não muito adequada. Afinal, quase todos os que chegaram ao poder, através desta eleição, médicos, engenheiros, advogados, sociólogos, administradores, empresários e tantos outros… um dia, com certeza, passaram pelas mãos de um professor. No primário, no ginásio, no colegial, na faculdade, no mestrado, no doutorado…
Muitos dos eleitos a 6 de outubro devem ser bons, porque tiveram berço; muitos outros talvez não tiveram esse privilégio, mas com certeza, quase todos, tiveram como base bons professores.
Aqui existe sempre uma professora a sua disposição celp@terra.com.br
Dia 15 de Outubro Dia do Professor
Professor Por decreto Lei de 13-10-1948, estabeleceu-se que no dia 15 de outubro de todos os anos, em todo o território nacional, comemorar-se-á o dia do Mestre.
O bom Mestre é um constante aluno durante a vida, procurando ampliar seus conhecimentos sobre educação e sobre as matérias que lhe cumpre ensinar.
O bom Mestre é enérgico e compassivo; é respeitado porque respeita; é amado porque ama. Seus interesses vão além das portas da escola, adentra os lares. Muitas vezes é o sustentáculo da família. É o alicerce e a cúpula da sociedade que ele sustenta e protege. Por ser membro dessa sociedade, precisa de amparo e proteção. As reivindicações econômicas e sociais do mestre precisam ser atendidas, para que ele melhor cumpra sua missão. Estando tranqüilo na sua posição social é que poderá corresponder ao que se espera de um bom mestre. Nada é mais nobre e mais divino que o trabalho do professor, dedicado às agruras do ensino. Atualmente, os baixos salários acabam alimentando o despreparo, ao forçar os professores a uma sobrecarga de trabalho e não permitirem o investimento em aprimoramento profissional. Essa situação leva muitos professores a abandonar a rede pública pela particular ou mudar de profissão. Em 1996, no Rio de Janeiro (dados estatísticos), 2621 professores abandonaram as salas de aula, no início do ano letivo. E de lá a esta época, muitos mais. Isto é para refletir, refletir, refletir…
"As crianças têm necessidade de pão, do pão do corpo e do pão do espírito, mas necessitam ainda mais do seu olhar, da sua voz, do seu pensamento e da sua promessa. Precisam sentir que encontraram, em você e na sua escola, a ressonância de falar com alguém que as escute, de escrever a alguém que as leia e as compreenda."
O Velho Professor
Andava muito doente o velho professor,
Por isso ele não tinha agora o mesmo ardor,
Que outrora o possuía e que o animava dantes.
Às vezes, quando em aula, havia mesmo instantes
Em que inclinava a fronte, aquela fronte austera,
Onde já desbotaram a flor da primavera
E acolhida um pouco involuntariamente.
O velho professor andava muito doente.
Era, porém, tamanho o bem que nos queria
Que jamais quis pedir aposentadoria
E manter-se do Estado à custa dessa esmola.
Era sempre o primeiro a aparecer na escola,
Com joviais maneiras, tão simpáticas,
Não obstante sentir-se as dores tão reumáticas,
Que o faziam a sofrer muito ultimamente.
O velho professor andava muito doente.
Trazia nas feições sinais de sofrimentos,
De angústias disfarçadas, de insônias e tormentos.
A palidez do rosto, os olhos encovados
Denunciavam seus pesares ignorados.
E como para tornar a dor mais manifesta,
Cavara-se-lhe fundo, uma ruga na testa.
Franzia-lhe o rosto uma expressão de dor.
Andava muito doente o velho professor.
A aula começou… mas pouco depois das onze
O velho mestre, o bom trabalhador de bronze,
Que já perto de 30 anos ou mais havia
Que o gigantesco herói lutava dia-a-dia…
Para a glória da Pátria e para o bem da infância,
Dando batalha ao vício e combate à ignorância,
Sentindo de uma dor os agudos abrolhos
Curvou-se as nobres cãs, cerrou-se de leve os olhos.
Fora fulgia o sol. A manhã era calma.
Sorrindo, a natureza abria sua alma.
Repleta de alegria e cheia de esplendores.
Pela janela aberta entrava o hálito das flores
Em toda atmosfera azul, lavada, fina.
Ressoava baixinho, assim como em surdina
Um canto celestial, harmonioso e suave
Anjo tocando em harpa, alguma canção de ave.
Nisso, ergueu-se um aluno, um pândego, um peralta.
Fabricou de um jornal, um chapéu de copa alta
E bem devagarinho… oh! Que idéia travessa!…
Chegou-se ao mestre… zás, enfiou-lho na cabeça
E rápido se foi de novo ao seu lugar
O mestre nem abriu o sonolento olhar
E aquele aspecto vil, de truão, de improviso
Rebentou pela sala estardalhante riso.
De súbito, surgiu o diretor na aula…
Desnudou-se-lhe o gesto, estremeceu a fala
Quando ele, transformando sua mansidão de boi
Em fúria de leão, nos perguntou:- Quem foi?
Quem foi esse vilão que tal brejeirice
Sem respeito algum, às cãs desta velhice?
– Vamos lá! Sede leais, verdadeiros e francos
Dizei quem ofendeu estes cabelos brancos?
Texto belíssimo, foi enviado por um de meus telespectadores, que assistem ao Mestre-Cuca todos os dias às 19h30m pela Rede Mulher. Ele chama-se Edgar Ramos, de Blumenau, Santa Catarina. Ele é professor.
Por hoje é só, e é pouco. Todos os meus colegas professores merecem somente elogios. Nossa vida de fazer futuros já foi muito melhor. Confiemos em DEUS. Há de chegar um governo novo, que tenha a consciência de que o futuro somente é possível… se for criado nos bancos escolares.
Manifestem-se celp@terra.com.br
Até a próxima semana.