Jornalismo com agenda positiva, é uma proposta que apaixona mas exige liderança comprometida com a realidade, que tenha tempo e dê preferência à multiplicação de talentos. Na ausência de fatos decorrentes de uma postura pedagógica, a fim de alimentar essa nova visão, os sentidos de alguns poucos se aguçam quando uma manchete passeia pela redação de jornais e revistas ou preenche a telinha da tv denunciando que "a polícia prende mãe que acorrentou o próprio filho". Sensacionalismo puro que irrita quem pensa e alimenta quem se predispõe a saborear as fissuras da família, a quebra da afetividade e da solidariedade.
A mãe acorrentou na esteira do sadismo ou , com suas ferramentas rudimentares e ausência de apoiamento técnico, apenas imobilizou o filho para evitar que caísse numa teia viciada onde estava jurado de morte?
Pena que os jornalistas, das últimas safras, sejam plasmados na ilusão de que a audiência, o sucesso profissional, o estatus na empresa de comunicação vêm com o molho da violência. Amor, ora… isso ninguém presta atenção. Não é verdade e leva o profissional da palavra a ser multiplicador de violência que gera violência. As faculdades necessitam, com urgência urgentíssima, acompanhar as aulas de seus professores. O mercado infelizmente está cheio de operários viciados em fatos violentos a ponto de não perceber que os factóides têm o mesmo poder de destruição por causa unicamente de sua capacidade de não enxergar com amor, com generosidade. Narrar os fatos, buscar a verdade sim, mas, sem a pretensão de ser o dono da matéria, o único que denuncia e tem a coragem de assinar em baixo… do sangue, da destruição, da deslealdade, da desestruturação do ser humano como se estivesse acima do bem e do mal.