Para receber a provisão infinita é preciso primeiro eliminar a “intenção de disputar e de roubar”. Mas isso não significa de maneira alguma que esteja recomendando a dispersão dos recursos. Como a provisão necessária ao homem vem de Deus, não adianta “gastar” apenas no sentido de “dispersar”; é preciso sintonizar a mente com Deus. Como a provisão de Deus nos é dada para ser útil à humanidade, para sintonizarmos nossa mente com Deus devemos ter vontade de “doar” para o bem dos outros. Quando assim fizermos, nós também passaremos a receber em abundância.
Criando sentimento de disputa e tentando roubar o outro, no fim, os recursos de produção se esgotarão e a provisão diminuirá. O fato de nossa provisão diminuir em consequência da disputa que empreendemos com base na crença de que roubando aumentam os nossos bens, é semelhante, por exemplo, à disputa por um copo d’água: se houver duas pessoas tentando tirar uma da outra, acabam derramando a água e nenhuma das duas consegue bebê-la. Além disso, em consequência da disputa, transpiram mais, seus corpos se desidratam e ficam com mais sede. Neste caso, se ambos cederem-no um ao outro dizendo: “Tome você primeiro”, poderão tomar metade cada um. E, recobrando ambos as energias, se saírem amistosamente à procura de uma mina, poderão encontrar água potável jorrando em abundância.
A riqueza está na relação direta do que oferecemos aos nossos irmãos. Quanto mais dermos, mais seremos ricos…
Sendo a provisão concedida aos homens, pela concretização do Amor de Deus, somente dando amor ao próximo é que estaremos em conformidade com as ondas vibratórias do Amor de Deus. E veremos concretizado o mundo da provisão infinita. Para começar, a “riqueza” não significa simplesmente o acúmulo de matéria em grande quantidade. “Ser rico” significa ter algo com a função de beneficiar o próximo em grande quantidade. O que tem a função de beneficiar o próximo – isso é amor; e quando colocamos em prática esse amor, ele se transforma em “riqueza”. As pessoas que têm conseguido muita “riqueza” são aquelas que trabalharam para o bem de muitos. Mesmo sendo uma “ação que beneficia o próximo”, se beneficiar poucas pessoas só gera pouca “riqueza”. Se trabalharmos para o bem de dez pessoas, tornaremos felizes essas dez pessoas; direta ou indiretamente a retribuição dessas dez pessoas chegará até nós, e essa retribuição se transformará espontaneamente em riqueza. Mas, fazendo o bem apenas para dez, mesmo que de cada uma nos venham dez mil reais, só formaremos uma riqueza de cem mil reais. Para isso, para concretizar a riqueza, torna-se indispensável que façamos o bem ao maior número possível de pessoas.
De: Masaharu Taniguchi – Fundador da Seicho-No-Ie