Escolinhas de Esportes incentivam prática de crianças e adolescentes com deficiência

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Gestor do projeto destaca benefícios que o esporte pode gerar em jovens com necessidades especiais

Com a realização das Paralimpíadas de Tóquio, os olhos do mundo se voltam para os atletas com deficiência, um público acostumado a lutar diariamente contra a falta de incentivo e apoio. Em Araraquara, entretanto, o esporte paralímpico tem vez. Prova disso é o desempenho das equipes de atletismo e natação ACD (sigla criada para denominar os atletas com deficiência), que costumam colecionar medalhas nas competições em que representam a cidade.
O projeto Escolinhas de Esportes também incentiva a prática de crianças e adolescentes com deficiência, porém nenhuma se inscreveu desde o início das inscrições, em 4 de agosto. Por isso, o gestor das Escolinhas, Júlio Cézar Invenzioni Alexandre, conta que as portas estão abertas para elas e que o trabalho inclusivo é uma das marcas do projeto. “Dentro das Escolinhas, nós sempre vamos dar um jeito de adaptar se houver alguma criança com necessidades especiais. Não temos uma escolinha específica, porém trabalhamos com inclusão social, tanto que vamos fazer capacitações com especialistas na área para entendermos melhor a necessidade de cada aluno”, explica.

ATLETISMO E NATAÇÃO SÃO REFERÊNCIAS
Em Araraquara, as modalidades que contam atualmente com equipes de competição ACD são o atletismo e a natação. O técnico e coordenador da equipe de competição de atletismo da Fundesport, José Rogério Figueira, destaca a importância da Paralimpíada para atrair novos praticantes. “A evolução do esporte passa muito pela Paralimpíada. A divulgação das modalidades é um fator importante para as crianças conhecerem e se interessarem em vivenciá-las. Isso precisa de um trabalho muito forte por parte dos meios de comunicação e das mídias sociais”, explica o treinador, que acrescenta que a equipe ACD de Araraquara conta atualmente com dez atletas e treina para voltar a competir em novembro. Ele conta que o trabalho em torno da criança será planejado e desenvolvido de acordo com sua deficiência. “Tudo depende da deficiência da pessoa.

EXEMPLOS DE SUCESSO
Exemplos de sucesso não faltam em Araraquara, de onde saíram nomes que chamaram a atenção no cenário nacional e internacional do paradesporto. Um deles é o ciclista Lauro Chaman (com uma má formação na perna), que nasceu na cidade e atualmente compete por Santos. Ele conquistou uma medalha de prata e uma de bronze nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 e atualmente disputa os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Outro paratleta acostumado a brilhar é o nadador Alex Palhares Viana (com deficiência visual), dono de mais de 300 medalhas, algumas delas conquistadas em Mundiais e Parapan. De Araraquara também saíram Mateus Lima (má formação na perna), que é o recordista brasileiro da corrida de 400 metros F44, e Pablo Furlan (baixa visão), que foi vice-campeão mundial juvenil, além de outros nomes de destaque.
Outro exemplo de sucesso é o técnico Alex José Sabino, que foi um dos criadores da equipe de atletismo ACD de Araraquara, dono de um trabalho que o levou a ser convidado a trabalhar com atletas de alto rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Hoje, ele é um dos técnicos do atletismo brasileiro nas Paralimpíadas de Tóquio. (Secretaria Municipal de Comunicação – Prefeitura de Araraquara)

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